O conceito do COI nasce no entendimento de que a ciência tem um papel fundamental na construção de um mundo melhor. O Brasil investe substancialmente em ciência e tecnologia, mas ainda há o grande desafio de direcionar esse vasto conhecimento para a solução dos grandes problemas que enfrentamos.
No âmbito de uma missão, o COI forma equipes científicas compostas por membros de distintas organizações e com competências complementares que trabalham juntos no desenvolvimento de tecnologias para resolver, de forma eficiente e sustentável, um desafio concreto. Com o COI, WTT também impulsiona um componente de advocacy em sua atuação e visa, para além de novas tecnologias, mudanças sistêmicas dentro do ambiente do fazer científico no Brasil.


Centro de Orquestração de Inovações - Estratégias de Inovação Orientadas a Problemas
De Pelotas a Boa Vista: Parcerias científicas para enfrentar a pandemia
Guia metodológico formação de equipes extraordinárias para missões de desesenvolvimento tecnológico
Missões

Missão Bioeconomia
WTT inaugura as atividades do COI através do olhar para a tecnologia de bioplástico.
Site especialQuando falamos de Bioeconomia, estamos nos referindo a uma economia capaz de usar a riqueza natural de maneira sustentável e gerar a conservação dos biomas, além de promover o bem-estar das populações locais através da geração de emprego e renda. Nessa perspectiva, não são apenas indústrias e negócios, mas comunidades – indígenas, quilombolas, agricultores familiares, entre outras – que geram receita, trabalho e renda, e se dedicam ao uso sustentável do solo e dos recursos naturais dos territórios. O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia, não apenas devido à riqueza natural da região, mas também devido aos produtos e pesquisas científicas que já são produzidos no território e que podem ser alavancados com os devidos impulsos e apoios estratégicos.
Na Missão Bioeconomia, WTT inaugura as atividades do COI através do olhar para a tecnologia de bioplástico. Constatado o protagonismo que o plástico tem no polo industrial da região do Polo Industrial de Manaus, evidenciou-se o potencial que o desenvolvimento de um novo material sustentável teria para entrar nessa dinâmica produtiva como uma solução inovadora para diversos problemas socioambientais. Focado no polipropileno, o bioplástico trabalhado dentro da Missão Bioeconomia é oriundo de resíduos da castanha-do-Brasil.
Para orquestrar o desenvolvimento dessa nova tecnologia, WTT vem cooperando com organizações como IDESAM, Universidade Estadual do Amazonas em colaboração com pesquisadores convidados, e Tutiplast, que atuam integradas nas diferentes etapas do projeto, desde o trabalho de campo com comunidades, até a pesquisa e o desenvolvimento do material, passando pela articulação com a indústria para a produção do bioplástico em escala. A Missão Bioeconomia já contou com recursos da Fundação Konrad Adenauer e atualmente possui um arranjo com aportes via PPBIO e do FJBSA.
Bioeconomia Amazonica - uma navegação pelas fronteiras cientificas e potenciais de inovação
Futuros do Bioplástico têm raízes na Amazônia
Missão Agricultura Familiar
Foco em formas de contribuir para uma produção agrícola mais justa e sustentável
Site especialOrientar esforços para inovações no âmbito da Agricultura Familiar é um ponto central para proteger a biodiversidade, garantir a segurança alimentar, estimular a geração de renda, combater a pobreza e fortalecer a adaptação e a mitigação dos efeitos da crise climática. Se, por um lado, há ecossistemas de inovação maduros e dinâmicos apoiando a produção agrícola, há um déficit democrático de inovação no campo da agricultura familiar que evidencia tanto a necessidade de apoio a essas práticas, quanto a oportunidade de desenvolvimento que essa lacuna oferece.
No âmbito da Missão Agricultura Familiar, WTT vem articulando esforços e equipes científicas na busca e consolidação de soluções que contribuam para uma produção agrícola mais justa, sustentável e igualitária. Agroecologias do Brasil, por exemplo, consiste em estudos e análises detalhadas de territórios brasileiros com alto potencial de inovação para a transição agroecológica e identifica oportunidades de pesquisa científica para soluções inovadoras voltadas para a agroecologia. Já Ciência, Tecnologia e Inovação no Semiárido Brasileiro é um processo de ciência colaborativa orquestrado por WTT que resultou em um impulso para tecnologias de reaproveitamento de águas na região do semiárido e de revestimento de frutos, que evita perdas pós-colheita e problemas de transporte e refrigeração dos alimentos.
Os mapeamentos, diagnósticos e as equipes orientadas nessa missão contam com a participação e envolvimento de diversos atores, entre eles famílias de agricultores, pequenos produtores, lideranças locais e instituições como INSA, ASA, PATAC, além de Universidades e Parque Tecnológicos nas equipes científicas. A metodologia desses processos valoriza sempre o diálogo entre as perspectivas populares e acadêmicas com a finalidade de fomentar uma construção diversa e coletiva de conhecimento.