Embora a ciência e a engenharia tenham feito progressos importantes na história moderna e contemporânea, muitas tecnologias que usamos hoje estão atingindo um limite de eficiência funcional. E se, para resolver esse problema, nós pudéssemos usar a magnitude e o poder dos processos naturais a fim de encontrar alternativas tecnológicas para nossos modos de vida no planeta?

É com essa ambição transgressora e com uma história de vida cativante que, em meados de 2012, o cientista brasileiro Al Cruz apresentou uma ideia radical de captação e transmissão de fótons solares através de uma fibra especial para Sean McKaughan, Presidente do Conselho da Fundação Avina. Para muitos, as propostas de Al eram tão radicais que geravam desconfiança. Porém, era de ideias com alto potencial de inovação e impacto que a então recém-criada WTT estava em busca.

Com o apoio de WTT e Fundação Avina, o projeto passa por um importante e complexo processo de validação estruturado pelo Instituto Fraunhofer, na Alemanha. No decorrer do desenvolvimento, outros cientistas se unem ao projeto e PERA Complexity ganhou forma ao longo dos anos: a startup se estabelece na Holanda e passa a contar com um portfólio de tecnologias de fronteira em energia (PERA Fiber), dessalinização (D-SAL), hidrogênio verde e criptografia pós-quântica (Sekure).

Um dos primeiros e grandes impactos que se estima com a tecnologia da PERA Fiber, por exemplo, é a substituição da fonte de calor em usinas termoelétricas: ao invés da queima de combustível fóssil, o calor adviria do Sol e seria entregue pela fibra. Nessa trajetória acompanhada e apoiada por WTT, Avina e pelo Center for Unconventional Processes of Sciences, PERA já contou com colaborações de importantes instituições de pesquisa e desenvolvimento, como a Universidade de Zurich, na Suíça, St. Andrews University, na Escócia, da KAUST University em Arabia Saudita e o Instituto Fraunhofer, na Alemanha.

www.peracomplexity.com

Brazilian Expertise Research Group (BRAERG) dedicou-se ao desenvolvimento de um processo altamente eficiente de produção de etanol celulósico, ou seja, derivado da quebra das cadeias da celulose. O fator disruptivo do procedimento consistiu em um agrupamento inédito de micro-organismos que proporcionam um rendimento excepcional das reações químicas no bagaço e palha de cana de açúcar e, por consequência, gera um impacto ambiental menor. Com o apoio de WTT, BRAERG passou a desenvolver um portfólio de inovações nas áreas de biotecnologia e farmacologia.

Advanced Inovation Center (AIC) impulsionou uma tecnologia inédita de purificação de água altamente eficiente. O Plasma Water Sanitation System não necessita de insumos químicos e por consequência não gera efluentes. A tecnologia utiliza apenas uma quantidade de energia mínima, sendo uma solução sustentável e eficaz para diversos problemas relacionados à água. O projeto representa um momento inicial significativo na trajetória da WTT e de seus primeiros trabalhos com tecnologias disruptivas.